Os efeitos sociais e ecológicos da globalização têm sido largamente debatidos pelos acadêmicos e líderes comunitários.Em 1992, a Conferência do Rio elegeu a Agenda 21 como instrumento de construção do desenvolvimento sustentável, para conter a degradação ambiental e permitir a continuidade da vida no planeta. A Agenda 21 global apontou as condições da ordem mundial necessárias para a viabilização do desenvolvimento sustentável e estabeleceu os princípios para a construção das agendas 21 dos países, regiões, estados, cidades, de modo a que a adoção da sustentabilidade por todos os cidadãos do mundo pudesse mudar os rumos do crescimento econômico global ambientalmente predatório e socialmente excludente. A idéia que se consagrou foi "pensar globalmente e agir localmente".
No Brasil, desde 1981, a Lei da Política Nacional do Meio Ambiente, tendo, a dimensão ambiental, sido ainda mais fortalecida na Constituição de 1988, o que nos legitimou a sediar, em 1992, a citada Conferência, considerado o mais significativo evento diplomático do final do século XX. Nos últimos anos, o país passou por um intenso processo de regulamentação e de institucionalização para o controle das atividades degradadoras, e de tentativa de internalização da proposta do desenvolvimento sustentável nos setores públicos e privados e no cotidiano dos cidadãos. Este esforço de internalização, apesar dos resultados já colhidos pelas atitudes espontâneas de cada um dos setores, tem custado um pouco a fluir, dada à dificuldade natural de incorporação, pela sociedade, da inovação que representa construir agendas de compromisso para a sustentabilidade.
Os efeitos sociais e ecológicos da globalização têm sido largamente debatidos pelos acadêmicos e líderes comunitários. As análises feitas por eles nos mostram que a nova economia está gerando um sem-número de conseqüências danosas, todas elas ligadas entre si: o aumento da desigualdade e da exclusão social, o colapso da democracia, uma deterioração mais rápida e mais extensa do ambiente natural, e uma pobreza e numa alienação cada vez maiores.
A gestão ambiental visa ordenar as atividades humanas para que estas originem o menor impacto possível sobre o meio. Esta organização vai desde a escolha das melhores técnicas até o cumprimento da legislação e a alocação correta de recursos humanos e financeiros.
A utilização de agrotóxicos e prática de queimadas, por exemplo, deveriam ser rigorosamente proibidos, tendo em vista seus impactos nefastos sobre o meio ambiente. O primeiro, destruindo e poluindo o solo e subsolo e, o segundo sobre, contribuindo para o incremento do efeito estufa, e consequentemente, como as rápidas e severas mudanças climáticas.
Diante do cenário de degradação ambiental aliado com a desigualdade social que vivemos, precisamos refletir e agir , sobre o meio ambiente e a necessidade de buscarmos um novo modelo de desenvolvimento sustentável, para que o mundo utilize de maneira mais racional os recursos naturais e que também se busque uma melhor distribuição de renda, já que muitos dos problemas ambientais estão relacionados com a miséria.
Fonte: Vininha F. Carvalho - diretora da Del Valle Editoria