Exploração de urânio contamina água destinada ao consumo humano, na Bahia
Análise de órgão estadual detecta presença de urânio 40 vezes superior ao reconhecido como seguro para o consumo humano em área de mineração da INB.(Indústrias Nucleares do Brasil)
A Secretaria da Saúde da Bahia e o Inga (Instituto de Gestão das Águas e Clima) notificaram nesta quinta-feira (21/01) a Prefeitura de Caetité e a INB (Indústrias Nucleares do Brasil) para suspenderem imediatamente o consumo de água em três pontos onde foi detectada a presença de radioatividade acima do permitido pelo Ministério da Saúde. Dos três locais contaminados, um é utilizado para abastecimento de moradores: um poço no povoado de Barreiro abastece cerca de 15 famílias desde 2007.
A prefeitura está obrigada a garantir o abastecimento alternativo de água para as famílias. A suspensão foi determinada pelo diretor geral do Inga, Julio Rocha, logo após o recebimento dos resultados da última análise de coleta de amostra de água realizada pelo órgão na região de Caetité, município do sudoeste da Bahia que abriga uma mina de urânio operada pela estatal Indústrias Nucleares do Brasil (INB), no início de dezembro do ano passado.
A presença de contaminação por urânio acima dos níveis considerados seguros para humanos em poços na área rural do município foi detectada pela primeira vez em 2005. Em fins de 2008, o Greenpeace conduziu uma análise independente em seis pontos na região e constatou indices de contaminação elevados em dois deles. O Greenpeace levou os resultados para o Ministério Público Federal, que abriu um inquérito, e para o Instituto de Águas da Bahia (Ingá), que decidiu ampliar o raio de análise da radiotividade encontrada na água da região.
A INB insiste que não tem nada a ver com o problema e que a contaminação na região, por conta da presença do urânio, é natural. Comporta-se como Pilatos, preferindo lavar as mãos sobre o problema. No entanto, a última análise do Ingá detectou que dois pontos dentro da área da mina – um deles com índice de contaminação 40 vezes superior ao recomendado – estão vazando para um aquífero na região.
O Greenpeace deslocou essa manhã uma equipe para Caitité para acompanhar a finalização dos trabalhos de análise do Ingá e prestar apoio à população rural local. Nossa presença na região coincide com a visita de técnicos da Agência Internacional de Energia Atômica (AEIA), sediada em Viena, à mina de urânio de Caitité. “O que está acontecendo em Caitité comprova que a insegurança e prepotência fazem parte do DNA da indústria nuclear”, diz André Amaral, coordenador da Campanha de Energia Nuclear do Greenpeace. (Fonte : Envolverde/Greenpeace 26/1/2010)
A INB insiste que não tem nada a ver com o problema e que a contaminação na região, por conta da presença do urânio, é natural. Comporta-se como Pilatos, preferindo lavar as mãos sobre o problema. No entanto, a última análise do Ingá detectou que dois pontos dentro da área da mina – um deles com índice de contaminação 40 vezes superior ao recomendado – estão vazando para um aquífero na região.
O Greenpeace deslocou essa manhã uma equipe para Caitité para acompanhar a finalização dos trabalhos de análise do Ingá e prestar apoio à população rural local. Nossa presença na região coincide com a visita de técnicos da Agência Internacional de Energia Atômica (AEIA), sediada em Viena, à mina de urânio de Caitité. “O que está acontecendo em Caitité comprova que a insegurança e prepotência fazem parte do DNA da indústria nuclear”, diz André Amaral, coordenador da Campanha de Energia Nuclear do Greenpeace. (Fonte : Envolverde/Greenpeace 26/1/2010)