Existem diversas maneiras, mas, infelizmente, todas são caras e só funcionam a longo prazo. A despoluição do Tâmisa, na Inglaterra, por exemplo, levou 150 anos. A limpeza do Reno, que nasce na Suíça e deságua no mar do Norte, custou 20 anos de trabalho. “E, mesmo assim, comparar a despoluição desses rios com a do Tietê, em São Paulo, não é o mais correto”, explica Hebert Andrade, analista ambiental. Tanto o Tâmisa quanto o Reno deságuam no mar. Uma vez interrompido o lançamento de dejetos, a natureza cuida do resto. O Sena, na França, também facilitou o trabalho da equipe de limpeza.
O rio tem mais água e profundidade que o Tietê, o que também ajuda no processo. Ao rio paulistano sobra a solução mais complexa: uso de máquinas pesadas (dragagem), coleta eficiente de esgoto e conscientização da população para evitar que a sujeira seja jogada na rua e acabe indo parar no rio.
Os primeiros passos para a limpeza do Tietê estão sendo dados pelo governo do estado de São Paulo desde 1992. A idéia era que o rio estivesse completamente limpo e navegável em 2010, mas, mesmo com a parafernália funcionando a todo vapor, os ambientalistas acham a previsão exageradamente otimista. Para eles, o mais provável é que o rio só esteja totalmente recuperado lá por 2015.