Marina Araújo e Márcio Rachkorsky vão mostrar
Queixas de moradores (Foto: Divulgação/TV Globo)Cheiro de cigarro entrando pela janela. Cachorro latindo sem parar. Música alta de madrugada. Briga de casal em alto e bom som. Se você mora em um condomínio, já deve ter passado por algum desses problemas. A convivência entre vizinhos pode não ser fácil, mas como lidar com isso em São Paulo, cidade onde 38% da população mora nesses conglomerados verticais?
A partir desta terça-feira (18), o SPTV traz a série “Meu Condomínio tem Solução”. A repórter Marina Araújo vai mostrar as principais queixas entre vizinhos, da bituca do cigarro que cai pela janela até os mais atrevidos que cismam em fazer xixi na escada do prédio.
Para você entender o que pode ou não ser feito em um edifício e aprender a lidar com os problemas de convivência, o consultor Márcio Rachkorsky vai dar dicas para melhorar a vida em comunidade.
Não perca a nova série especial do SPTV 1ª Edição e participe! Se você faz parte dos 4 milhões de paulistanos que vivem nos 27 mil condomínios da cidade, também deve ter alguma história para contar. Envie seus comentários, sugestões ou dúvidas. Eles serão respondidos por Márcio Rachkorsky nas reportagens do SPTV 1ª Edição e também aqui na Internet.
Cigarros
Na primeira reportagem da série "Meu Condomínio tem Solução", foram mostradas as reclamações contra o cigarro do vizinho. Depois que a lei antifumo entrou em vigor no estado de São Paulo, há nove meses, a tolerância dos moradores diminuiu.
No Tatuapé, Zona Leste, 1.500 pessoas dividem o mesmo condomínio. São três torres, um mega estacionamento e um espaço de sobra. Contudo, apesar do espaço, as reclamações são recorrentes. O jardim com função de deixar o local mais aconchegante sofre com a falta de educação. Os condôminos insistem em jogar bitucas de cigarro pela janela.
Marina Sanches também é vítima desse tipo de mau hábito. Ela não suporta a fumaça do cigarro dos vizinhos. De um jeito bem peculiar, resolveu agir. “Eu comecei a falar alto: ‘Tonta! Fuma mesmo, fuma bastante... Depois você morre de câncer, a fábrica não vem te indenizar’. Comecei a falar alto. Dali uns dias vi bituca jogada dentro de um vasinho e depois na floreira.”
As bitucas viraram um verdadeiro pesadelo e tema para a imaginação fértil da dona Marina. “Cheguei até a pensar que tava entrando gente que fuma quando eu não estava. Olha só! [risos] Aí eu troquei até o miolo da fechadura. Como nada foi resolvido, liguei para a síndica.”
A síndica Elisângela Neife reconhece a dificuldade de punir nesses casos. “Eu recebo ligações falando ‘a minha varanda está cheia de cinzas de cigarro’. Só que a gente não sabe da onde que veio. Então fica complicado. Como a gente vai punir essa pessoa?”, explica Elisângela.
O advogado especialista em condomínios Márcio Rachkorsky dá uma sugestão para esses casos. “A única coisa que o vizinho incomodado pode fazer é quem sabe levar uma garrafa de vinho bater na porta, fazer um brinde, pedir gentilmente que o vizinho manere no cigarro. Quem sabe fume em outra posição para que a fumaça não vá diretamente para sua varanda, para sua janela. É aí é uma questão de diálogo de amizade e tentar sensibilizar o fumante.”
Fonte : SPTV dia 18.05.2010