Premiação elegeu trabalhos de pesquisa com comprovada eficiência em modernização do processo construtivo
A Comissão de Materiais, Tecnologia, Qualidade e Produtividade da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Comat/CBIC) divulgou os vencedores do prêmio CBIC de Inovação Tecnológica - 17º Concurso Falcão Bauer, que tem como objetivo selecionar trabalhos de pesquisa com comprovada eficiência em modernização do processo construtivo.
Foram avaliados aspectos como industrialização, aumento da produtividade, redução dos custos, sustentabilidade, racionalização dos recursos naturais, além de redução e reutilização dos resíduos da construção. O primeiro colocado ganhou R$ 5 mil. Já o segundo e terceiro lugares receberam R$ 2,5 mil e 1,5 mil, respectivamente.
Confira os projetos vencedores:
1º Lugar
Construção de bloquetes ecológicos sextavados de concreto com a utilização de resíduos industriais
Autores: Guilherme Fernandes de Assis e Robson Morais, de Belo Horizonte
Fabricação dos bloquetes
Maturação dos bloquetes
O projeto consiste no reaproveitamento de alguns resíduos siderúrgicos gerados na produção de aço para a fabricação de bloquetes ecológicos sextavados para pavimentação.
O material substitui totalmente a brita e a areia, comumente utilizadas neste tipo de fabricação, de modo a produzir um bloquete mais barato que o convencional.
Um dos principais aspectos do projeto é a junção da tecnologia do concreto como matéria-prima e no conceito dos antigos calçamentos de paralelepípedos, transformando resíduos gerados no processo produtivo siderúrgico em co-produtos e possibilitando a reutilização e reciclagem, diminuindo a possibilidade de geração de passivos ambientais.
O bloquete ecológico, por ser fabricado com resíduos siderúrgicos, poupa o emprego de recursos naturais e, consequentemente, promove a reutilização e reduz o desperdício.
2º Lugar
Aplicação de lodo industrial do processo de anodização de alumínio como matéria-prima integrante da produção de tijolos
Autores: Alexandre Rangel Schweickardt e André Luiz Ferreira dos Santos, de Samambaia-DF.
O alumínio, para obter maior resistência e caráter estético, deve ser submetido a processo de anodização que tem por finalidade produzir uma camada de aproximadamente 13 micras de óxido de alumínio sobre a superfície do metal. Este processo industrial gera um resíduo, que pode ser utilizado na produção de tijolos maciços. Os resultados dos testes feitos em laboratório demonstram que o resíduo não apresenta corrosividade, reatividade e toxidade.
A produção desse tipo de tijolo utiliza menos argila, tem menor tempo de secagem, menor tempo de cura e de resfriamento, além de haver redução no consumo de lenha.
3º Lugar
Fôrmas metálicas imantadas
Autor: Ártano Silva dos Santos, de Salvador
O terceiro colocado apresentou uma fôrma metálica com as suas extremidades constituídas de imãs permanentes, onde o pólo norte fica diretamente em contato com o pólo sul da outra face da fôrma, alcançando assim uma força atrativa suficiente para manter as fôrmas inertes e resistentes a forças externas sem afetar o processo e nem o concreto. Após o endurecimento do concreto e o desmonte, as fôrmas metálicas devem ser devidamente higienizadas, podendo ser reutilizadas em outro elemento estrutural na própria obra ou serem deslocadas. As fôrmas são capazes de se ajustarem à necessidade de cada elemento estrutural, pois são dotadas de um dispositivo que permite o seu prolongamento.
Fonte: matéria da Revista PINI Construção sobre reciclagem de resíduos de siderurgia para fabricação de produtos para a construção civil
Bloquete? é esse nome mesmo? só quero se for de graça porque se tiver que pagar eu passo....