Tijolos ecológicos: construção com menos impactos ambientais

Fonte: Procel
Fonte: 24 Hora News - 30.11.2010
Mato Grosso - Minimizar os impactos da construção civil no meio ambiente utilizando materiais ecológicos são tendências que podem ser percebidas atualmente, tanto por parte dos profissionais como da sociedade. É perceptível a preocupação em mudar hábitos e ações visando a sustentabilidade, seja reduzindo, reciclando ou reutilizando, os conhecidos três erres - 3Rs, ou com iniciativas para a utilização eficiente dos recursos naturais.

Entre as iniciativas podemos citar a utilização dos tijolos ecológicos na construção de casas e prédios. Em Mato Grosso, tijolos ecológicos podem ser encontrados à venda em empresas que possuem tecnologia própria para fabricação. Os tijolos são feitos com uma mistura de água, solo e cimento que são prensados em uma máquina, e saem em blocos modulares com tamanhos padronizados. Eles têm o dobro de resistência quando comparados aos tijolos de cerâmica e são termos-acústicos. Outras características são os furos que permitem a passagem de fios, e a facilidade de acabamento, que significa uma economia de 15% a 30% no custo final da obra em relação à construção convencional.Além disso, os tijolos ecológicos não geram resíduos e não são queimados em fornos, ou seja, não causam impactos ao meio ambiente porque não é necessária a utilização de árvores durante o processo de fabricação. Para a construção com os tijolos, é necessário um projeto específico e, de acordo com a técnica em edificações, Halinne Figueiredo, "na confecção do baldrame, a ferragem utilizada deverá ser montada com um gabarito deixando os arranques nas medidas necessárias que o projeto exige. Além disso, a primeira fiada deve ser feita de acordo com as medidas para que fique nivelado e o acabamento fique perfeito", disse.

Halinne diz que após a explicação do processo de fabricação do tijolo, os benefícios de sua utilização e como fazer o projeto, a pergunta normal é sobre o preço. É nesse aspecto o esforço atual: tornar o projeto viável economicamente. Uma das possibilidades seria por políticas públicas para alcançar metas sustentáveis, e a outra, a formação de mão de obra especializada para a construção com esses materiais alternativos. Para o empresário Sandro dos Anjos, "além de projetos como o dos tijolos ecológicos, é necessário ter políticas públicas para o desenvolvimento da construção que utiliza materiais sustentáveis no Brasil, e em Mato Grosso", analisa.

Especialistas em construção sustentável e projetos que visam a sustentabilidade afirmam que os benefícios são percebidos de médio a longo prazo e existe a necessidade de políticas públicas para influenciar a construção civil com projetos sustentáveis, já que são raras as iniciativas voluntárias e ainda não há uma pressão mercadológica.

"Acredito que falta divulgar essas possibilidades para que as pessoas conheçam e se interessem. Tenho certeza que mercado não falta para o setor sustentável", avalia o empresário.

Certificação ambiental
Para informar e discutir sobre as possibilidades da construção sustentável foi criado, em 2007, o Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS), que adota uma visão sistêmica da sustentabilidade, partindo da construção civil e de suas relações com as indústrias de materiais de construção, e chegando à sociedade.

Um dos documentos do Comitê de Avaliação de Sustentabilidade do CBCS é sobre certificação ambiental, que estão disponíveis no site (www.cbcs.org.br). No documento, são apresentados alguns selos conhecidos no mundo, como o LEED (Leadership in Energy and Enviromental Design) método americano e o Processo AQUA, que foi adaptado do francês HQE (Haute Qualité Environnementale) que certificam diferentes tipos de empreendimentos, entre eles, edifícios comerciais de escritórios até escolas e residências.

Além desses dois selos, o documento informa mais dois originados no Brasil; o Selo Azul, da Caixa Econômica Federal que reconhece práticas de sustentabilidade em construções residenciais destinadas ao financiamento, e o outro destinado à eficiência energética em edifícios, a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE) do Procel Edifica, que passará a ser obrigatório a partir de 2012.

O CREA-MT na TV: Esta matéria pode ser assistida no programa de TV do Crea-MT: "Cidade em Revista". Com transmissões às terças e quintas-feiras no canal 20 (TV Assembléia), sempre às 20h. Ou pelo link no site: www.crea-mt.org.br.
 

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