Voluntários ajudam vítimas das chuvas
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
por Ligia Carvalho
As chuvas que atingiram a região serrana do Rio de Janeiro há poucos dias deixaram mais de 700 mortos e milhares de desabrigados. As cidades mais prejudicadas foram Teresópolis, Nova Friburgo, Petrópolis, Sumidouro e São José do Vale do Rio Preto, centros que abrigam diversos negócios. Essas empresas, que tiveram funcionários vitimados e e sofreram impactos em suas próprias instalações, se organizaram para ajudar seus colaboradores e seus vizinhos.
O Grupo Petrópolis, fabricante da cerveja Itaipava, atua em apoio às comunidades de Petrópolis e Teresópolis, onde duas de suas unidades de produção estão instaladas.
A companhia está doando produtos como cestas básicas e colchões para a população, além de fornecer água para limpeza de casas e ruas nas duas cidades. “Quatro carretas-tanque com capacidade de 25 mil litros de água retirada dos poços da empresa foram disponibilizadas para os moradores”, informa a empresa. Ela também afirma que foram doadas 9 mil garrafas de água mineral e iniciada uma campanha de doação para as vítimas.
Um apoio oferecido aos colaboradores da unidade de Teresópolis, que sofreram dificuldades no trânsito, foi um abrigo temporário na unidade e transporte a encargo da companhia.
Com uma unidade próxima às cidades afetadas, em Cachoeiras de Macau, o Grupo Schincariol, também decidiu ajudar os cidadãos afetados pelas torrentes. A empresa foi responsável pela entrega de quatro caminhões carregados de garrafas de 300 ml e 1,5 litro de água potável da marca para três regiões afetadas. No total foram 42.660 litros de água distribuídos.
Em nota, a empresa afirma ainda que disponibilizou dois caminhões-pipa com 9 mil litros de água para realização da limpeza de Nova Friburgo e, atendendo à solicitação do Hospital Municipal da cidade, forneceu 810 litros de água mineral Schincariol para os pacientes.
Como ação interna, o Grupo Schincariol incentivou seus 10 mil colaboradores a serem voluntários na campanha de arrecadação de doações promovida pela empresa. Os mantimentos, materiais de limpeza, roupas etc. arrecadados, foram distribuídos nos locais atingidos.
O diretor de Desenvolvimento Humano e Organizacional da Schincariol, Américo Garbuio, explica que o grupo não possui política de ajuda planejada para funcionários que sofrem danos por com calamidades naturais. Mas ele ressalta que “existe uma política e consciência coletiva de mobilização que envolve desde os colaboradores até os próprios acionistas e busca dar apoio, em situações de maior necessidade, às comunidades principalmente dos 11 Estados em que a empresa está”. A empresa disponibiliza apoio de assistentes sociais aos colaboradores e familiares. Garbuio lembra que “no caso das vítimas das enchentes em Santa Catarina, no final de 2008, a Schincariol disponibilizou empréstimos aos colaboradores afetados, além da antecipação do 13.º salário”.
Apoio distante
Além das companhias locais, diversas empresas que não tiveram unidades ou colaboradores atingidos também participam da campanha de doação. O valor de R$ 550 mil, que será revertido em 11 mil cestas de alimentos de rápido consumo, foi doado pela Fundação Internacional Carrefour. O grupo ainda distribuiu 4 mil litros de água para as comunidades.
As dez lojas Carrefour do Rio de Janeiro estão recolhendo produtos como alimentos, roupas íntimas, produtos de higiene e limpeza e colchões, que serão enviados a Cruz Vermelha. “Clientes e funcionários doaram cerca de 70 toneladas de produtos só nos três primeiros dias de arrecadação”, informa a empresa.
A rede ainda cedeu um espaço no Centro de Distribuição, em Duque de Caxias, para a Cruz Vermelha. Com a ajuda de colaboradores voluntários cestas são montadas diariamente. A maior preocupação das empresas é voltada a minimização dos efeitos sobre a comunidade, seus funcionários e familiares.
A Cruz Vermelha Brasileira disponibilizou todas as suas filiais no País para receber donativos a serem encaminhados às vitimas das catástrofes que assolam as cidades serranas do Rio de Janeiro, assim como as demais áreas de risco em São Paulo e em Minas Gerais.
A instituição informa que está dando prioridade para materiais de higiene e limpeza, gêneros não perecíveis (leite em pó, biscoito, macarrão, sopas desidratadas, água mineral, colchonetes e cobertores). Ela também enfatiza não ser necessário a doação de vestuário de modo geral.
Quem quiser mais informações sobre como ajudar as vítimas do Rio, São Paulo e Minas, pode consultar o site da Cruz Vermelha clicando aqui.
Efeitos econômicos
Levantamento realizado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) aponta que 62,2% das empresas da região serrana foram afetadas. Segundo a pesquisa, perdas de produção, matéria-prima, estoques e maquinário, podem ultrapassar o prejuízo de R$ 153 milhões.
As empresas relataram que os problemas mais comuns são falta de energia elétrica, queda de linhas telefônicas, alagamento do entorno e nas dependências e ausência de funcionários.
Fonte: www.canalrh.com.br
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