Luana Lourenço, da Agência Brasil
Mais de 4 mil cidades de 130 países do mundo apagaram as luzes no último sábado (26/3) entre 20h30 e 21h30 para chamar a atenção para as mudanças climáticas. No Brasil, cerca de 100 cidades aderiram ao “apagão” da Hora do Planeta, iniciativa liderada pela organização não governamental WWF. Em 2010, o evento mobilizou mais de um milhão de pessoas.
Ao redor do planeta, ícones como a Torre Eiffel, em Paris, a roda-gigante London Eye, e o relógio Big Ben, em Londres, a Acrópole, em Atenas, e o edifício Empire State, em Nova York, tiveram as luzes apagadas.
No Rio de Janeiro, cidade sede do evento no Brasil, foram apagadas as luzes do Cristo Redentor, dos Arcos da Lapa, da orla da Praia de Copacabana. Às 20h30, na Lapa, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e o prefeito do Rio, Eduardo Paes, desligaram simbolicamente as luzes da cidade para dar início à participação do Brasil na mobilização global.
Na Bahia, participaram o Tribunal de Justiça do estado, o Palácio Thomé de Souza, o Elevador Lacerda, as estátuas dos Orixás no Dique do Tororó, a Praça Castro Alves, a estátua do Cristo e o Farol da Barra.
Já em Brasília, ficaram no escuro na noite de sábado o Palácio do Buriti e Anexo, o Memorial JK, o Teatro Nacional, a Catedral, o Museu do Índio, o Complexo Cultural da República e a Ponte JK.
A superintendente do WWF Brasil, Regina Cavini, lembra que a Hora do Planeta é um ato simbólico para alertar para os impactos do aquecimento global e os desafios globais para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, que agravam o problema.
“É uma hora para mobilização em prol do planeta, para fazer uma reflexão sobre a relação com a natureza, com os hábitos de consumo, sobre o que é possível pode fazer pra mudar. A humanidade tem um longo caminho ainda a ser seguido, de controlar as emissões de gases de efeito estufa”, disse.
Além do apagar de luzes por uma hora, a campanha quer estimular mudanças de hábito e a mobilização permanente de cidades e organizações por medidas sustentáveis, como a coleta seletiva de lixo e o uso de transportes menos poluentes. “É um movimento de engajamento bastante amplo, para dizer sim a um planeta mais sustentável”, acrescenta Regina.
No Brasil, o primeiro minuto da Hora do Planeta foi de silêncio, em homenagem às vítimas do terremoto e do tsunami que atingiram o Japão e às famílias atingidas pelas enchentes no Rio de Janeiro e em outros estados.
(Agência Brasil)