Não me engana que eu gosto

Nem tudo o que reluz é ouro, diz o ditado. Assim como nem tudo o que algumas empresas anunciam como produtos sustentáveis, ou “verdes” realmente são. O Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) sabe bem disso e está de olho no greenwashing, a “lavagem verde”. A partir de 1º de agosto vai advertir ou até suspender campanhas publicitárias de empresas que não conseguirem provar as qualidades ambientais do que oferecem.


"Não queremos punir as empresas, mas elevar o nível da publicidade sobre sustentabilidade", disse o presidente do Conar, Gilberto Leifert, sobre a nova regulamentação.
Está claro para as empresas que, hoje, a palavra “sustentável” impressa em uma embalagem pode ter o efeito mágico de render muito lucro, de olho na preocupação cada vez maior do consumidor com as questões socioambientais.
Na prática, não existe produto 100% sustentável, verde, amigo do meio ambiente ou ecológico, como quiser. A partir do momento que é fabricado, já causou algum impacto ambiental.
Há, no máximo, produtos que utilizem matérias-primas menos agressivas ao meio ambiente, feitos com mão-de-obra devidamente remunerada e com seus direitos trabalhistas respeitados. No processo de sua produção há preocupação em economizar energia elétrica e água. Eles também não contém excesso de embalagens e podem se transformar em resíduos recicláveis, ao final de sua vida útil. Estes, sim, podem ser considerados produtos sustentáveis, fabricados por empresas modernas, bem intencionadas, com o pé no futuro.
Se você se deparar com alguma propaganda que vende gato por lebre use as redes sociais para denunciar. É seu dever. Nosso.
Imagem - Creative Commons

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