Apesar da queda, resultado dos últimos 11 meses mostra crescimento de
15% na destruição da Amazônia
Brasília – Em junho,
o Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) registrou 99
quilômetros quadrados (km²) de novos desmatamentos na Amazônia Legal. Na
comparação com junho de 2010, houve redução de 42%. No entanto, a tendência é
de avanço do desmatamento na região, segundo boletim divulgado hoje (22) pela
organização não governamental (ONG).
No acumulado entre
agosto de 2010 e junho de 2011 – primeiros 11 meses do calendário oficial do
desmatamento, que vai de agosto de um ano a julho do outro – a derrubada na
região somou 1.534 km², aumento de 15% em relação ao período anterior (agosto
de 2009 a junho de 2010), quando os satélites registraram 1.334 km² de desmate.
Pelos cálculos do
Imazon, de uma ano para outro, o ritmo do desmatamento alguns estados aumentou
até 800%, caso do Tocantins. A taxa anual de desmatamento é calculada pelo
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e só deve ser divulgada em
outubro ou novembro.
Em junho, segundo o
Imazon, as novas derrubadas ficaram concentradas no Pará e em Mato Grosso, que
juntos, foram responsáveis por 70% da área desmatada no bioma. O Pará desmatou
45km² no período e Mato Grosso, 25km². O Amazonas e Rondônia aparecem em
seguida no ranking, com 19km² e 10 km² de novos desmates, respectivamente.
Além do corte raso
(desmatamento total), o levantamento do Imazon mede a degradação florestal, que
considera florestas intensamente exploradas por atividade madeireira ou
atingidas por queimadas. Em junho, a degradação avançou sobre 193km² de áreas
de floresta.
O Imazon estima que o
desmatamento em junho provocou a emissão de 6,6 milhões de toneladas de dióxido
de carbono (CO2) equivalente – medida que considera todos os gases de efeito
estufa.
Fonte: exame.abril.com.br