Frascos vazios de ácido
clorídrico, produto altamente tóxico, foram despejados em área de preservação .
Um lixão clandestino, com produtos químicos usados em laboratório de análises
clínicas, ameaça contaminar as águas do Ribeirão Preto, no bairro República,
zona Oeste.
Isso porque frascos de ácido clorídrico, éter e álcool metílico, além de
tubos de ensaio e de lâminas para análise de sangue foram descartados em uma
Área de Preservação Permanecente (APP) às margens do manancial.
A Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) teme a mortandade de
peixes, caso haja a contaminação do ribeirão. Isso pode acontecer caso as
embalagens, com produto tóxico, caiam no local.
Para averiguar a gravidadade da situação, técnicos da companhia foram ao
local na tarde desta segunda-feira (25), depois de contato feito pela reportagem
do A Cidade.
O gerente da Cetesb em Ribeirão, Marco Antônio Artuzo, explica que a
preocupação maior é devido à presença de frascos de ácido clorídrico. "É um
produto químico, bastante tóxico e pode causar queimaduras em contato com a
pele", comenta.
Além dos riscos para a saúde humana, na manipulação errada a concentração do
produto na água pode matar animais. "Essa é a nossa preocupação, porque pode
cair o pH da água. Se o índice estiver baixo, é um risco para os peixes."
Já o éter e o álcool metílico também são produtos químicos. "O primeiro pode
causar intoxicação, caso seja inalado", explica o gerente da Cetesb.
No local, os técnicos da Agência Ambiental fariam uma varredura, com o
objetivo de identificar a origem do material despejado irregularmente.
A reportagem do A Cidade encontrou entre os materiais um rótulo, usado para
vedar uma caixa com tubos de ensaio, com dados de laboratório de Sorocaba. O
nome e o telefone do estabelecimento foram entregues à Cetesb. A empresa não
atendeu à reportagem.
Caso seja identificado quem despejou o lixo, o responsável poderá ser autuado
em até 10 mil Ufesps (R$ 174 mil). Além dos produtos químicos, havia lixo
doméstico e restos de material de construção civil.
Limpeza
O chefe da Fiscalização Geral da Prefeitura de Ribeirão, Osvaldo Braga, disse
que encaminhará nesta terça-feira (26) uma equipe para limpar a área. "O
problema é antigo e acredito que, somente com a urbanização do entorno, haverá
uma solução." (Fonte : Jornal da Cidade - 26/7/2011