08/07/2011 11:18:29
Bruno Bocchini, da Agência Brasil
A ex-senadora acriana Marina Silva anunciou nesta quinta-feira (7) que está deixando o Partido Verde, pelo qual se candidatou à Presidência da República no ano passado. A saída só será oficializada após a entrega do pedido de desligamento do PV à Justiça Eleitoral do Acre.
“A experiência no PV serviu para sentir até que ponto o sistema político brasileiro está empedernido e sem capacidade de abrir-se para sua própria renovação”, disse Marina em discurso. A ex-senadora ainda ressaltou que ainda não se decidiu se será novamente candidata na próxima eleição presidencial, em 2014. “Se digo que não sei, não posso dizer que não sou [candidata]. E não posso dizer também que sou [candidata]”, disse ela.
Novo partido?
Os dissidentes do PV não deverão formar um novo partido, disse a ex-senadora acriana Marina Silva, ao anunciar sua saída da sigla. Para ela, os partidos continuam sendo importantes, mas “precisam abandonar velhas práticas”.
Os dissidentes do PV não deverão formar um novo partido, disse a ex-senadora acriana Marina Silva, ao anunciar sua saída da sigla. Para ela, os partidos continuam sendo importantes, mas “precisam abandonar velhas práticas”.
“Estamos em um movimento de metabolizar uma nova forma de fazer política”, assinalou Marina. “Eu ainda não sei, o mundo inteiro não sabe, como ela é. Mas o que eu posso dizer é que ela não tem uma fórmula. Não é natural [que esse movimento] vire um partido político.”
A ex-senadora condenou o atual sistema partidário brasileiro. Para ele, é preciso reinventar o sistema político do país. “As pessoas estão discutindo reformar o sistema político. Lamento, mas acho que isso não é possível. Temos que reinventar a política. É esse movimento que estamos fazendo.”
Em nota, o PT disse que a transformação do sistema político precisa ser feita com responsabilidade em discussões francas e abertas. “A transformação dos partidos políticos, como toda construção social, necessita ser conduzida de maneira democrática e responsável. Os processos devem ter como base a tolerância, a abertura para negociação, a persistência, a paciência e a humildade.”
“Não abriremos mão das discussões necessárias, francas e abertas, antes de efetivar modificações na organização e na dinâmica de nosso partido. O PT lamenta muito essa falsa polêmica artificialmente inflada sobre a falta de democracia interna.”
(Agência Brasil)