Governo chileno declarou zona de calamidade um dos santuários naturais do país, onde um incêndio destruiu mais de 8500 hectares
O incêndio declarou-se quarta-feira no Parque Nacional Torres del Paine, no Patagónia, uma região em que se conjugam glaciares, lagos andinos e zonas de floresta e estepe, e permanece por circunscrever.
Já arderam "mais de 8500 hectares", declarou o Presidente Sebastian Piñera no final de uma reunião da célula de crise sobre o incêndio. Este forçou a evacuação de mais de 700 pessoas e a declaração de estado de calamidade na região.
O Chile vive actualmente uma onda de calor, o que está a dificultar o combate ao incêndio. A "topografia da região, extremamente complexa, a vegetação seca e ventos fortes" estão a contribuir para a sua propagação, explicou o responsável do gabinete nacional das situações de emergência.
A área ardida corresponde a cerca de 4% dos 230 mil hectares deste santuário natural, visitado por mais de cem mil pessoas por ano. O parque foi fechado na totalidade e deverá ficar encerrado até final de Janeiro.
Estão mobilizadas mais de 400 pessoas, entre bombeiros e militares, e importantes meios aéreos, como aviões-cisterna e helicópteros. Perante a gravidade da situação, o Governo de Santiago pediu ajuda aos Estados Unidos, Argentina e Austrália.