26/06/2012 13:02:54
CicloVivo
Na
cidade São Paulo há mais de 11 milhões de pessoas, que consomem cerca de dez
mil toneladas de alimentos diariamente, desperdiçam água, consomem muita
energia e ficam presas no trânsito. Desta forma, a cidade destaca-se por sua
insustentabilidade.
Tudo que é produzido no Brasil e
entra em São Paulo passa pelo Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns
Gerais de São Paulo), que fica aberto 24 horas. Parte dos produtos que passam
pelo local vão para outras cidades, mas em apenas um dia dez mil toneladas de
comida permanecem para o consumo da capital paulista.
Mas, isso não significa que todos se
alimentem bem. Há um lado obscuro na cidade, uma quantidade considerável de
comida não é totalmente aproveitada, e pior, é desperdiçada. “Os brasileiros,
de modo geral, administram mal a comida. A estimativa é de que 30% da comida
que entra em uma casa são perdidos”, explicou o presidente do Instituto Akatu,
Helio Mattar, à reportagem do Fantástico.
A produção lixo orgânico se dá por
vários fatores, um deles é que as sobras não são utilizadas novamente pelas
pessoas. Outra questão é a falta de planejamento antes da compra, o que resulta
no descarte de boa parte da comida, antes mesmo que elas sejam preparadas.
Esse desperdício ocorre tanto em casa
quanto em restaurantes. Há mais de 12 mil estabelecimentos na cidade, onde são
consumidos 1,7 milhão de refeições por dia. Os pratos do dia que sobram nos
restaurantes e cafés são desperdiçados, pois há uma lei no Brasil que proíbe o
reaproveitamento destes alimentos.
Desta forma, são produzidos 18 mil
toneladas de lixo por dia. Estes resíduos são levados para uma estação, depois
são transferidos para aterros em outros municípios, sendo que apenas 2% de tudo
é reciclado.
Outro problema que a cidade enfrenta
é em relação ao lixo tóxico, que é jogado pelas descargas de automóveis,
caminhões e ônibus. Diariamente, este tipo de resíduo chega a acumular em torno
de 550 toneladas.
Além do desperdício de alimentos, a
água também não é bem administrada. “A gente pode viver tão bem como vivemos
usando um terço da água que utilizamos, facilmente. Sustentabilidade não é
igual a sacrifício, ao contrário, é reduzir desperdício. Isso é bom para o
orçamento doméstico”, afirma o presidente do Instituto Akatu.
A situação da cidade insustentável é
agravada pelo fato de não haver áreas verdes suficientes. Nos bairros nobres
ainda há mais árvores, mas nas comunidades carentes são raros os locais com
praças e espaços livres. A capital possui apenas metade da área verde
recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
A população que vive em tais regiões,
geralmente, enfrenta outro problema constante: o trânsito. Dependendo do
horário, algumas pessoas gastam até três ou quatro horas para chegar a seu
local de trabalho. Há muitos carros na rua e o transporte público é precário.
Ao todo são gastos, em média, 32 dias e meio no trânsito por ano.
O gasto de energia é mais um fator
que torna São Paulo insustentável. As residências da cidade gastam, somente
entre 18h e 22h, 30% de tudo o que a usina de Itaipu produz.
*
Com informações do Fantástico.
(CicloVivo)
Fonte: www.mercadoetico.com.br
Comentário
Nas periferias da grande São Paulo existem algumas áreas que
são utilizadas para habitação e em condições de risco. Essas ocupações ocorrem
de maneira desordenada em regiões montanhosas e com instabilidade do solo, além de modificar a o ambiente natural do
solo e da vegetação, com invasão de locais de preservação e criam um caos total
para todos com reincidência de acidentes
principalmente nos períodos de chuva.
Ecoharmonia