Advertência, no momento, é solução para o trânsito?


Dr. Dirceu Rodrigues Alves Júnior*
Hoje o trânsito é anárquico, ninguém respeita ninguém. As regras 
desrespeitadas, sinalizações não obedecidas tudo avesso às necessidades da sociedade. O poder público pouco faz. Investimentos em prevenção quase sempre pontuais. Educação de trânsito, artigo constante no Código de Trânsito Brasileiro, desde 1997 não é cumprido. É o caos que vivemos em decorrência de falta de força política para ações drásticas.
    O trânsito e o transporte tem gerado custo altíssimo para os municípios e estados. Existe uma doença epidêmica que está sendo negligenciada pelos governos. Há necessidade em curto prazo de se educar, fiscalizar e punir com severidade. Em longo prazo tem-se que mudar a cultura da população com relação a nossa mobilidade. O relaxamento quanto a essas condutas está transformando mobilidade em risco de vida.

E surge o CONTRAN, na contramão do objetivo maior para erradicação da doença no trânsito que assola o nosso país, convertendo  em uma simples advertência as infrações leves e médias.
Relaxar na fiscalização e na punição é igual a aumentar a anarquia que já vivemos. A "Década de Segurança Viária", proposta pela ONU, já tem um ano de vida e nossos óbitos e sequelados vem aumentando de maneira contrária a proposta que é diminuir em 50% a mortalidade no trânsito. 
Não há dúvida, os DETRANs são estaduais e a intercomunicação precária. Não temos um cadastro único.

Punição severa é o que precisamos de imediato, com intuito de moralizar, fazer respeitar. Não concordamos com o que dizem que os DETRANs arrecadam constituindo a "Indústria da Multa". Se for multado é porque estava transgredindo e transgredir no trânsito é grave, gravíssimo.
Temos que respeitar as regras e a vida.





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