15/06/2012 13:21:13
Renata Giraldi e Carolina Gonçalves, da Agência Brasil
O Brasil deve assumir hoje (15) a presidência da Conferência das Nações
Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, após o encerramento oficial
das reuniões dos comitês preparatórios – conduzidas pela Organização das Nações
Unidas (ONU). A disposição é que, nesse período, os negociadores brasileiros
apresentem sugestões insistindo nas definições de metas, recursos e
transferência de tecnologias limpas – dos países ricos para os em
desenvolvimento.
O momento exato em que o Brasil assumirá o comando da Rio+20 não é
preciso porque depende do encerramento oficial das reuniões dos comitês
preparatórios. É possível que o Brasil assuma a presidência na noite de hoje ou
na madrugada de amanhã (16).
O secretário executivo da delegação brasileira na Rio+20, embaixador
Luiz Alberto Figueiredo Machado, negou que o Brasil pretenda apresentar um
texto paralelo ao negociado ao longo da conferência. Segundo ele, os esforços
brasileiros são para buscar o consenso, mesmo diante das divergências.
Com a presidência do Brasil na Rio+20, as negociações se manterão com os
embaixadores André Corrêa do Lago, chefe da delegação brasileira, e o
secretário executivo do Brasil, Figueiredo, sob coordenação do ministro das
Relações Exteriores, Antonio Patriota. A presidenta Dilma Rousseff assume o
comando nas reuniões plenárias a partir do dia 20 até 22.
Os desafios do Brasil são incluir, de forma detalhada, as questões
relativas às definições de metas como compromissos formais dos 193 países que
integram as Nações Unidas no que se refere ao desenvolvimento sustentável,
garantias de recursos para a execução das propostas e meios de assegurar
transferência de tecnologias limpas.
As dificuldades envolvendo as negociações cercam interesses políticos e
econômicos divergentes, pois as prioridades dos países desenvolvidos diferem
das apresentadas pelos países em desenvolvimento.
Os negociadores dos países ricos argumentam que não é possível estimar
aumento de recursos no momento em que há o agravamento da crise econômica
internacional, interferindo diretamente na definição de metas, assim como
resistem em aceitar a proposta de transferência de tecnologias limpas – que
envolvem negociações sobre patentes.
(Agência Brasil)
Fonte : Mercado Ético