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Por Viviane Logullo
Os pesticidas são uma fonte enorme e crescente de poluição, afetando a
todos os seres vivos, o solo e a água, em particular. Após serem aplicados
sobre o solo e/ou plantas, os agrotóxicos passam por uma série de processos
biológicos e não biológicos podendo resultar na degradação ou transporte
através da atmosfera, dos solos, dos organismos e da água.
A mais antiga referência do uso de produtos químicos vem do antigo Egito
com o uso de fumigação que é um tipo de controle de pragas através do
tratamento químico realizado com compostos químicos ou formulações de
pesticidas para reduzir as manifestações em grãos armazenados.
Do ano 1000 a.C até 500 d.C encontramos a utilização de enxofre, arsênio
e betume no controle das pragas.
Em 1755, os alemães passaram a usar o arsênico e o cloreto de mercúrio
no tratamento das sementes de trigo contra as doenças “cárie” e “carvão”.
Em 1845, a alimentação básica na Irlanda era a batata e para aumentar a
produtividade, a Irlanda importou batatas do Peru que vieram infestadas com um
certo tipo de fungo que, nos anos chuvosos de 1845 a 1847, esse fungo destruiu
os batatais irlandeses e impossibilitou novos plantios devido à infestação nos
solos e um milhão de pessoas morreram e outras tantas migraram para os Estados
Unidos. Esta crise irlandesa despertou na comunidade europeia a pesquisa e o
uso de agrotóxicos.
O médico Pierre Alexis Millardet, em 1883, descobre a calda bordalesa,
um fungicida a base de cobre e, em 1915, surge o primeiro produto produzido
pela Bayer – Uspulum.
De 1930 a 1940, ocorre o desenvolvimento de uma série de fungicidas do
grupo ditiocarbamato (Compostos ditiocarbamatos possuem vasto emprego como
catalisadores na indústria e pesticidas, apresentando potencial aplicação
biológica como agentes antitumorais, antifúngicos e antibacterianos, por
exemplo). Verifica-se o primeiro controle parcial da doença que devastara os
batatais da Irlanda.
Em 1942, ocorre a espetacular descoberta do DDT que eliminava todos os
insetos conhecidos na época.
O ano de 1943 é marcado pela Revolução Verde que se refere à invenção e
disseminação de novas sementes e práticas agrícolas. Um amplo programa
idealizado para aumentar a produção agrícola no mundo por meio do melhoramento
genético de sementes, uso intensivo de insumos industriais, mecanização e
redução do custo de manejo. O México passou a ser grande exportador de seus
excedentes de milho e trigo.
Em 1962, - A Revolução Verde incrementou o uso de fertilizantes,
irrigação e o uso de agrotóxicos. As lavouras que continuavam no sistema
tradicional apresentavam produções insignificantes se comparadas àquelas da
Revolução Verde.
Mas a partir da Revolução Verde começaram os impactos ambientais e a
natureza passou a mostrar-se “frágil”.
É em 1962 que através do seu livro Primavera Silenciosa publicado nos
EUA, que a autora Rachel Carson detalha os efeitos adversos da utilização de
pesticidas e inseticidas químicos sintéticos iniciando o debate acerca das
implicações da atividade humana sobre o ambiente e o custo ambiental dessa
contaminação para a sociedade humana.
A partir da década de 70, o pesticida DDT (inseticida clorado) foi
banido de vários países. No Brasil, somente no ano de 1992, após intensas
pressões sociais, foram banidas todas as fórmulas à base de cloro.
A Lei 7802/89 representou uma conquista na sociedade brasileira sobre o
controle dessas substancias. Esta Lei representou uma grande contribuição, no
sentido de assegurar-se a qualidade, a eficiência e a segurança dos produtos
utilizados na defesa sanitária vegetal, além de ter sido considerada um
importante avanço para enfrentar problemas ambientais e de saúde provocados por
agrotóxicos.
“Adote o ritmo da natureza. O segredo dela é a
paciência”. Ralph Emerson
Viviane Logullo
Responsável pelo site: http://laranjaverde.webnode.com/
Colaboradora do site ecopedagogia
Contato: vivianelogullo@bus2production.com.br
FORMAÇÃO
Graduação em Gestão Ambiental, UNOPAR, conclusão em dez/2012.
Graduação em Administração de Empresas. UEPG.
Qualificação Profissional
Auditor Líder em SGA.www.ecopedagogia.bio.br
SGA/ISO 14001.
Auditoria Interna Ambiental/Qualidade.
Licenciamento Ambiental.
Legislação Ambiental Brasileira.
Interpretação das Normas ISO 9001 e 14001.
SGQ/ISO 9001.
Gestão de Projetos e Captação de Recursos.
Oratória.