Ainda muito distante do ideal, consagrando-se como uma epidemia, o trânsito preocupa todos nós.
ABRAMET propõe imunização
para o mal que assola o país.
Precisamos acelerar essa trajetória
para alcançarmos o objetivo proposto pela Organização das Nações Unidas (ONU)
de reduzir em 50% o número de mortes no nosso trânsito até 2020. Para tal,
precisamos mudança radical da cultura, não só do motociclista, mas também do
nosso pedestre, motorista, ciclista, dos governantes e toda cúpula dirigente do
nosso país. Faz-se necessário a execução do Código de Trânsito Brasileiro que
data de 1997, quando determina a “Educação de Trânsito” nas escolas. Até hoje,
vários itens desse código não foram colocados em pratica.
A fiscalização e a punição parecem abandonadas.
Como afirmamos, necessitamos de uma
imunização em curto prazo em que a fiscalização e punição precisam ser severas.
Em longo prazo, atuando na mudança da cultura já na pré-escola, aos cinco anos
de idade, com educação de trânsito onde serão ensinados os perigos da máquina
sobre rodas. Para que serve, como fazer bom uso, sinalização de trânsito,
evoluindo com leis, resoluções, chegando ao curso secundário onde dentro da
física, química, biologia seria passado conhecimentos das ações de força
exercidas sobre o veículo. Por que derrapam,
por que capotam, efeitos do ruído, da vibração, consequências dos gases,
vapores, poeiras e fuligem sobre o homem e meio ambiente. A necessidade real de
utilização de equipamentos de segurança e tantas outras coisas que
amadureceriam nosso jovem e ao fim de 13 anos teríamos novos cidadãos,
conscientes, responsáveis, conhecendo os limites da máquina sobre rodas, o
respeito mútuo e a própria vida.
Aos 18 anos, como cidadãos
diferenciados, fariam um Curso de Formação de Condutores (CFC) com treinamento
em simuladores onde todas as adversidades seriam ensaiadas, saindo dali para
uma pista própria para colocar em prática todo o aprendizado. Pista molhada,
desviar de obstáculo a 80 km/h, frear com freios comum e ABS, no sol, na chuva,
neblina e por aí em diante.
Estamos convictos de que dessa forma
atingiremos o objetivo reduzindo de maneira substancial a epidemia que hoje faz
parte do nosso dia a dia. Certamente estaríamos imunizando nossa população e
erradicando um mal sistemático em nossas cidades.
Dr. Dirceu Rodrigues Alves Júnior
Diretor de Comunicação e do Departamento de Medicina de Tráfego
Ocupacional da ABRAMET - Associação Brasileira de Medicina de Tráfego