Tijolo ecológico já é realidade - Projetos precisam receber subsídios
para produção em larga escala. Chega de desmatamento para extrair calcário! (Só
faltou o uso do EPI - Equipamento de Proteção Individual - para que o
trabalhador fique resguardado de doenças - pele, respiração e visão)
Indústria do Cimento - Tijolos Ecológicos - Várias Opções
Por Marise Jalowitzki
03.julho.2012
No RS, em Gravataí, região
metropolitana de Porto Alegre
“Estamos produzindo tijolo ecologico
12,5x25x6,6 em gravataí-rio grande do sul.
tijolos feitos por prensa hidráulica.
Prestamos serviços de consultoria em construção e fabricação com tijolo
ecologico. (solocimento).
Revolucionário sistema construtivo,
prático, rápido, mantém sua obra limpa e organizada, possui medidas regulares,
segurança estrutural, estabilidade térmica e acústica, acabamento á vista, e
economia de até 30% em seu projeto final.”
Em Barra do Ribeiro: ECOTIJOLOS
MAESTRO
Tijolos feitos com os sacos de
cimento descartados
Após o uso do cimento em construções, grande parte dos sacos do produto
é descartada. Para evitar o desperdício, Márcio Albuquerque Buson, professor da
faculdade de arquitetura da Universidade de Brasília (UnB), desenvolveu um
tijolo ecológico composto por terra, cimento e o papel utilizado em suas
embalagens, o papel kraft. A nova técnica reduz o preço dos tijolos em 40%
quando comparado aos convencionais blocos de terra compactados de solo e
cimento. O novo tijolo também é mais barato que o de cerâmica, feito à
base de argila queimada, mas sem uso de cimento.
Há um tratamento de reciclagem nos sacos de cimento antes de sua
utilização nos tijolos. A embalagem vazia é colocada na água para que as fibras
do papel se soltem, dando origem a uma “polpa de celulose”. O excesso de
umidade é retirado por meio de centrífugas ou torção e, após isso, as fibras
soltas são trituradas para que a terra e o cimento sejam adicionados à mistura.
Uma das vantagens do Krafterra, como é denominado o novo tijolo, é que o
processo de queima para seu endurecimento, habitual nos de cerâmica, é
dispensado. Nas etapas finais de sua fabricação, a mistura é prensada e
permanece inerte, protegida do sol e com a umidade controlada, durante
aproximadamente duas semanas - é o chamado período de “cura” -, tempo
necessário para que o tijolo adquira consistência. “A água não pode sair
rapidamente porque é ela que faz o material endurecer sem que ocorra uma
retração excessiva”, diz o professor.
Na produção do tijolo ecológico, para cada saco de cimento são
utilizados em média oito de terra. Na composição final do tijolo de bloco de
terra compactado feito da maneira convencional, 12% são de cimento. No
Krafterra, a fatia composta pelo cimento é de 6%. Assim, os 6% restantes são da
fibra do saco de cimento reciclado. "Consegui baixar a proporção pela
metade, sem nenhum prejuízo na resistência do produto”, diz Buson.
As fibras do papel são longas e, quando misturadas aos outros materiais,
dão boa resistência mecânica e física ao produto. Os testes realizados em
laboratório provaram que o Krafterra é resistente ao fogo e tem boa
durabilidade.
O produto ainda não é encontrado no mercado, mas o professor é otimista.
“Tudo o que fiz foi
em laboratório, mas os resultados foram positivos. Preciso agora realizar um
protótipo físico, uma construção utilizando a nova técnica”, diz.
Sem gases poluentes
Os tradicionais tijolos de cerâmica enfrentam críticas ambientais porque
seu processo de queima emite gases poluentes. Roberto Cláudio Pereira, diretor
da empresa Tijol-Eco, explica que o diferencial desses tijolos está na produção
e ressalta que o mercado dos produtos sustentáveis irá crescer em grande
escala. “Os tijolos ecológicos irão substituir a antiga alvenaria. São
vantajosos porque não usam o processo de queima e ficam em torno de 40% a 50%
mais baratos do que os tradicionais de cerâmica”, diz.
O tijolo ecológico, que está em fase de testes, ainda não tem potencial
para substituir as versões mais tradicionais, mas, com a indústria da
construção civil em alta, o mercado é promissor. Segundo a Associação Nacional
da Indústria Cerâmica (Anicer), existem no País 3,6 mil empresas fabricantes de
tijolos e blocos. O setor tem faturamento anual de R$ 6 bilhões, de acordo com
a entidade.
Versão ecológica de tijolo é 40% mais barata do que as tradicionais de
bloco de terra compactado
Fonte: IG e Compromisso Consciente