O sapo-de-barriga-vermelha é endêmico da região e os especialistas temem que as mudanças ambientais causadas pelas obras possam levar a espécie à extinção. | Foto: Ivan Boreal Amaral/ICMBio
O pequeno sapo-de-barriga-vermelha tem impedido a construção de uma hidrelétrica no Vale do Taquari, Rio Grande do Sul. O anfíbio é endêmico da região e os especialistas temem que as mudanças ambientais causadas pelas obras possam levar a espécie à extinção.
O projeto de construção da barragem existe há cinco anos e foi idealizado pouco tempo depois que o sapinho, que mede menos de cinco centímetros, foi descoberto. De acordo com os pesquisadores que estudam as características e hábitos do anfíbio, a espécie reside em uma área muito pequena, de apenas 700 metros, que está localizada às margens do Rio Forqueta.
O fato de ser uma comunidade muito pequena, localizada em uma área bastante restrita, torna-os ainda mais frágeis e suscetíveis à extinção causada pelas alterações humanas, conforme explicado por Márcio Borges Martins, pesquisador do Departamento de Zoologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em declaração ao G1.
A previsão era de que as obras de construção da barragem tivessem início ainda neste mês. No entanto, o projeto está parado em consequência do pedido feito pelos estudiosos e por ambientalistas que buscam a preservação do sapo-de-barriga-vermelha.
Mesmo que a empresa responsável pelo projeto se defenda dizendo que especialistas acompanharão de perto o desenvolvimento dos animais durante a obra, a situação ainda é bastante frágil. Para Samuel Renner, biólogo da Universidade do Vale do Taquari, qualquer impacto, por menor que seja, poderá significar a extinção da espécie.
Por ser um sapo que existe apenas nesta pequena área do Rio Grande do Sul, a sua preservação gera imenso interesse nas autoridades locais. Com informações do G1.