Conselho de Medicina condena hospital Padre Bento e HMU de Guarulhos

04 de junho de 2013 • 19h04 • atualizado dia 05 de junho às 12h45.


VINICIUS MARTINS
Da Redação


As condições de atendimento de dois hospitais de Guarulhos – o Padre Bento, do governo do Estado, e o Hospital Municipal de Urgências - estão na mira do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo.

Segundo o Cremesp, os dois hospitais de Guarulhos e mais outros 69 de todo o Estado não apresentam condições mínimas para atender a população.
“O Brasil destina apenas 6% do seu PIB para a saúde. Países de primeiro mundo, e até mesmo emergentes, como Chile e Argentina, destinam em torno de 10% a 14%”, disse Renato Azevedo Junior, presidente do Cremesp.

O estudo do conselho avaliou 71 prontos-socorros e unidades emergência de todo Estado.

Constatou que 60% deles têm macas espalhadas pelos corredores, 70% têm dificuldades para encaminhar os pacientes a hospitais especializados e 31% não seguem as normas de classificação de risco para atendimento prioritário a casos mais urgentes.

Para o presidente do Cremesp, o problema está na gestão pública. “Se fomos dividir a culpa do péssimo atendimento, está o Ministério da Saúde em primeiro lugar, a Secretaria Estadual de Saúde, em segundo, e as secretarias municipais”.

O conselho avaliou também que a falta de médicos em áreas críticas deve-se às más condições de trabalho.

“Constatamos que os médicos não ficam por mais de três anos no mesmo local de trabalho. Isso se deve às péssimas condições de trabalho e aos baixos salários”, disse Renato, durante entrevista na sede do Cremesp.

Junto com os dados, o Cremesp lançou a campanha “Prontos-socorros em agonia. Até quando?”, que irá exigir providências do Ministério da Saúde e das Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde.



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