Os bombeiros continuam trabalhando para controlar as chamas e esfriar os quatro tanques próximos a uma armazém de combustíveis e produtos químicos que pegou fogo no último dia 02.04 (quinta-feira) em Santos.
Sem previsão para o controle total do incêndio, que segundo especialistas pode demorar cerca de quatro dias, os mais de cem bombeiros especializados tiveram que se virar para manter a estratégia de esfriamento dos tanques que também armazenam combustíveis diesel e etanol.
O depósito de combustíveis onde ocorre o incêndio armazenava três milhões de litros de diesel e sua propagação afetou outros quatro tanques próximos, nos quais ocorreram sete explosões.
Segundo o porta-voz do Corpo de Bombeiros de Santos, o capitão Marcos Palumbo, as dificuldades aumentam porque as altas temperaturas dos tanques próximos, que alcançam 800 graus centígrados, fazem evaporar a água utilizada para apagar as chamas.
Um navio, que extrai água do mar para ser usada pelos bombeiros, e um caminhão tanque que mistura água e espuma são usados para esfriar os tanques.
O complexo industrial, que abriga cerca de 40 tanques de armazenamento de combustíveis e produtos químicos, muitos com capacidade para um milhão de litros, foi totalmente evacuado.
O reporte oficial da Prefeitura de Santos indicou que 15 pessoas que trabalhavam no local receberam atendimento médico básico, três passaram por uma crise nervosa e um dos bombeiros sofreu uma pequena lesão no olho provocada por uma faísca.
O bombeiro permanece internado para avaliação oftalmológica, mas fora de perigo, enquanto nenhuma das outras 18 pessoas atendidas foi hospitalizada.
Segundo alguns dos funcionários do local escutados pela Agência Efe, especula-se na empresa que algumas pessoas estavam trabalhando com uma lixadeira e uma faísca provavelmente colou fogo em uma lona e esse foi o início do foco do incêndio.
Os tanques danificados pertencem à Ultracargo, do Grupo Ultra, a maior empresa do Brasil dedicada ao armazenamento de líquidos, especialmente químicos, petroquímicos e combustíveis.
O incêndio obrigou o fechamento de um lance da via Anchieta perante o risco de novas explosões.
Este fato provocou um engarrafamento quilométrico na entrada de Santos, por conta do feriado da Páscoa.
(Fonte: Exame - 03/04/2015)